Franquia de salões de beleza de luxo acessíveis: a aposta de João Appolinário Neto, da Polishop

Mega Studio Be Emotion já tem 12 unidades em funcionamento e quer chegar a 30 ainda em 2022

João Appolinário Neto e João Appolinário, sócios do Mega Studio Be Emotion, da Polishop (Foto: Divulgação)

O Mega Studio foi fundado pela empreendedora Marcella Dias e seu ex-marido, com a proposta de democratizar o acesso à beleza em regiões variadas de São Paulo. A empresa se tornou uma das investidas de João Appolinário, pai de Neto, durante o programa Shark Tank Brasil, em 2018. Naquela época, Neto, que havia trabalhado em um banco, estava estruturando um fundo de investimentos com o pai. O Mega Studio era uma das 15 empresas aportadas.

No final de 2019, Dias e seu então marido se separaram. A ruptura também seria levada para os negócios, mas Appolinário e Neto resolveram propor sociedade à empreendedora para a fundação de um novo negócio. “Criamos a marca nova junto com a linha de beleza Be Emotion, da Polishop”, explica. Eles ficaram com cinco salões que tinham o investimento do fundo, e os demais ficaram com o ex-marido de Dias.

Os sócios usaram os primeiros meses de 2020 para reformular a nova proposta do salão, atrelada à marca de beleza da Polishop. A operação começaria, de fato, no dia 5 de março, poucos dias antes do início da pandemia de covid-19, que obrigou todos os estabelecimentos comerciais considerados não essenciais, como os salões de beleza, a fecharem as portas. O Mega Studio mal teve tempo de abri-las.

Neto e Dias aproveitaram o período para comprar outros salões que já tinham a estrutura pronta, mas que não conseguiram sobreviver ao período, e iniciar um projeto de franquias, em parceria com uma consultoria do setor. A formatação durou cerca de oito meses. O Mega Studio terminou 2021 com 12 salões em funcionamento e três franquias negociadas, sendo que duas já foram inauguradas.

Salão do Mega Studio Be Emotion na Vila Madalena, em São Paulo (Foto: Divulgação)

A rede trabalha com dois modelos de expansão: franquia tradicional, aberta do zero, ou o “envelopamento” de salões já existentes – a chamada conversão de bandeira. O investimento inicial para ser um franqueado varia de acordo com a estrutura que o empreendedor já tem e o tamanho do salão, podendo ir de R$ 120 mil, para espaços de 90 metros quadrados, a R$ 250 mil para salões de 250 metros quadrados.

Se a franquia for montada totalmente do zero, a taxa de franquia é de R$ 50 mil. Já para a conversão de bandeira, o valor é reduzido para R$ 35 mil. Nos dois casos, o valor já inclui a primeira leva de produtos e treinamentos. De acordo com Neto, o faturamento médio mensal de um salão varia entre R$ 80 mil e R$ 150 mil. “Eu tenho um salão que fatura R$ 150 mil geralmente, mas que em novembro e dezembro, por exemplo, fatura R$ 250 mil, podendo chegar até 30% de margem”, afirma.

Os serviços realizados no salão têm tíquetes médios distintos, que vão de cerca de R$ 25 para manicure, por exemplo, a R$ 200 para tratamentos capilares, como progressiva, coloração, mechas, hidratação, entre outros. O propósito, segundo Neto, é a democratização da beleza, praticando a mesma tabela de preços em todos os endereços.

Salão do Mega Studio Be Emotion em Osasco, na Grande São Paulo (Foto: Divulgação

Uma das formas encontradas para deixar os preços mais competitivos é a utilização da marca própria da Polishop, Be Emotion, nos tratamentos. “Isso nos permite comprar os itens a preços abaixo do praticado no mercado”, afirma o empreendedor. Além disso, o negócio do Mega Studio é apostar no volume de atendimentos. “Passam cerca de seis mil mulheres por mês nos salões. Praticamos um preço mais baixo, mas temos um volume mais alto.” A empresa também tem o patrocínio da marca Alfaparf Milano para coloração.

Os itens da Be Emotion, que vão de água oxigenada e pó descolorante até xampu, condicionador, hidratação e reconstrução, também estão à venda nas lojas, em regime de comodato, para que a consumidora dê sequência ao tratamento em casa. A participação dessa venda no faturamento é de cerca de 5%, e tanto o atendente quanto o salão são comissionados.

A ideia, segundo o empreendedor, é ocupar espaços de rua – diferentemente da Polishop, que tem 280 lojas em shopping centers – e em regiões distintas: da periferia a bairros nobres. “O comportamento da consumidora é diferente em cada salão. Na periferia geralmente o volume de atendimentos é maior, e em bairros nobres as clientes costumam fazer mais serviços.”

Fonte: https://revistapegn.globo.com/Franquias/noticia/2022/02/franquia-de-saloes-de-beleza-de-luxo-acessiveis-aposta-de-joao-appolinario-neto-da-polishop.html

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